Teste: Cruze revive bons tempos da Chevrolet

16:55

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A crise financeira global quase ofuscou o Salão de Paris em 2008. Meses depois, a General Motors mergulharia em sua maior crise e só sairia do fundo do poço graças ao socorro do governo americano. Porém, um sedã exposto no centro do seu estande ajudaria a mudar essa história mais adiante. O Cruze, um projeto sul-coreano, era a grande aposta da marca ao redor do globo para estancar a queda de vendas. E deu certo. O sedã virou o modelo da marca mais vendido nos EUA. Três anos depois, ele desembarca por aqui e se torna um verdadeiro oásis em meio à defasada linha da GM no país, com a missão de reviver os bons tempos de sedãs como MonzaOpala, algo que o Vectra não conseguiu.

Cruze chega a partir de R$ 67.900, preço elevado em relação à concorrência, mas com atributos suficientes para fazer o consumidor pensar na compra. O design exibe modernidade pouco encontrada nos outros carros daChevrolet no Brasil. Linha de cintura alta e faróis pontiagudos reforçam o espírito arrojado do sedã, sem perder a elegância. Tem estilo para ser querido tanto pelos jovens, como por pessoas maduras. As rodas aro 17 estão nas duas versões (LT e LTZ), mas com desenhos diferentes. Os pneus são os mesmos 225/50.

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A suspensão do tipo McPherson na dianteira e semi-independente na traseira garante uma ótima rodagem aoCruze. Os impactos são muito bem absorvidos, sem ruídos ou incomodo que chegue aos ocupantes. Nas curvas, o modelo inclina pouco, apesar de ter uma condução pouco esportiva, até por conta da direção assistida e da suspensão macia. Silêncio é palavra de ordem para o sedã. O moderno motor 1.8 16V Ecotec trabalha bem e silenciosamente. O interior moderno exibe ótimo acabamento, com exceção do tecido aplicado sobre o painel nas versões de entrada. O console em forma de "Y" garante conforto para os ocupantes. O topo de linha tem como ponto positivo o sistema de partida por meio de botão. O porta-malas, segundo a GM, tem capacidade para transportar 450 litros de bagem.

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É de baixo do capô que se encontra um dos pontos fortes do sedã. A mecânica é infinitamente superior à do antigo propulsor 2.0 do Vectra. Rodando com etanol, o motor fabricado na Hungria rende 144 cv (etanol), ou 140 cv (gasolina). O torque máximo é de 18,9 kgfm a 3.800 rpm. Por se encontrar em uma faixa relativamente alta, o torque do Cruze não garante arrancadas fenomenais, mas também não deixa a desejar. A versão LT com câmbio manual de seis velocidades, importado da Áustria, sugere mais fôlego que o modelo com câmbio automático também de seis velocidades, este vindo do México. Na pista de testes, porém, a diferença é mínima. O manual chegou aos 100 km/ em 11,1 segundos, contra 11,2 s do automático.

Cruze LT manualCruze LTZ automático
0 a 100 km/h11,1 s11,2 s
Retomada 40-80 km/h6,9 s5,1 s
Retomada 80-120 km/h13,3 s8,8 s
Frenagem 100-0 km/h42,5 m41,4 m
Frenagem 60-0 km/h14,6 m14,2 m
Ruído em ponto morto44,6 dB42,6 dB
Ruído a 120 km/h68,2 dB
68,1


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Nas retomadas, a vantagem do automático é gritante. Enquanto o modelo de trocas manuais passa dos 60 aos 100 km/h em 10,1 s, o automático crava bons 6,9 s. Tudo isso sem trancos, com a vantagem da troca manual por meio da alavanca, caso o condutor prefira. Fica devendo apenas borboletas atrás do volante, o que o Civic dispõe há um bom tempo. Por ser importado, o conjunto de câmbio e transmissão gera um índice de nacionalização relativamente baixo: 60%. O restante é montado na fábrica de São Caetano do Sul (SP).

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Motor Ecotec 1.8 16V rende até 144 cv com etanol
Sem revelar o mix de vendas, a Chevrolet acredita que a versão mais vendida seja a LT automática, com valor a partir de R$ 69.900. Assim como o manual, ela sairá de fábrica bem equipada: direção assistida, trio elétrico, ar-condicionado, controles de tração e estabilidade, airbags frontais e laterais, freios ABS e rodas aro 17. A versãoLTZ, topo de linha, só estará disponível com câmbio automático e custa R$ 78.900, sem opcionais. Traz maçanetas, retrovisores e friso traseiro cromados, airbags de cortina e uma central multimídia com tela de 7 polegadas no painel. O preço de fato é alto, mas talvez compense para quem busca algo realmente moderno. E mais adiante deversão surgir versões menos equipadas e mais acessíveis. A renovação da Chevrolet no Brasil, finalmente, começou.

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