A crise financeira global quase ofuscou o Salão de Paris em 2008. Meses depois, a General Motors mergulharia em sua maior crise e só sairia do fundo do poço graças ao socorro do governo americano. Porém, um sedã exposto no centro do seu estande ajudaria a mudar essa história mais adiante. O Cruze, um projeto sul-coreano, era a grande aposta da marca ao redor do globo para estancar a queda de vendas. E deu certo. O sedã virou o modelo da marca mais vendido nos EUA. Três anos depois, ele desembarca por aqui e se torna um verdadeiro oásis em meio à defasada linha da GM no país, com a missão de reviver os bons tempos de sedãs como Monzae Opala, algo que o Vectra não conseguiu.
O Cruze chega a partir de R$ 67.900, preço elevado em relação à concorrência, mas com atributos suficientes para fazer o consumidor pensar na compra. O design exibe modernidade pouco encontrada nos outros carros daChevrolet no Brasil. Linha de cintura alta e faróis pontiagudos reforçam o espírito arrojado do sedã, sem perder a elegância. Tem estilo para ser querido tanto pelos jovens, como por pessoas maduras. As rodas aro 17 estão nas duas versões (LT e LTZ), mas com desenhos diferentes. Os pneus são os mesmos 225/50.
A suspensão do tipo McPherson na dianteira e semi-independente na traseira garante uma ótima rodagem aoCruze. Os impactos são muito bem absorvidos, sem ruídos ou incomodo que chegue aos ocupantes. Nas curvas, o modelo inclina pouco, apesar de ter uma condução pouco esportiva, até por conta da direção assistida e da suspensão macia. Silêncio é palavra de ordem para o sedã. O moderno motor 1.8 16V Ecotec trabalha bem e silenciosamente. O interior moderno exibe ótimo acabamento, com exceção do tecido aplicado sobre o painel nas versões de entrada. O console em forma de "Y" garante conforto para os ocupantes. O topo de linha tem como ponto positivo o sistema de partida por meio de botão. O porta-malas, segundo a GM, tem capacidade para transportar 450 litros de bagem.
Cruze LT manual | Cruze LTZ automático | |
0 a 100 km/h | 11,1 s | 11,2 s |
Retomada 40-80 km/h | 6,9 s | 5,1 s |
Retomada 80-120 km/h | 13,3 s | 8,8 s |
Frenagem 100-0 km/h | 42,5 m | 41,4 m |
Frenagem 60-0 km/h | 14,6 m | 14,2 m |
Ruído em ponto morto | 44,6 dB | 42,6 dB |
Ruído a 120 km/h | 68,2 dB | 68,1 |
Nas retomadas, a vantagem do automático é gritante. Enquanto o modelo de trocas manuais passa dos 60 aos 100 km/h em 10,1 s, o automático crava bons 6,9 s. Tudo isso sem trancos, com a vantagem da troca manual por meio da alavanca, caso o condutor prefira. Fica devendo apenas borboletas atrás do volante, o que o Civic dispõe há um bom tempo. Por ser importado, o conjunto de câmbio e transmissão gera um índice de nacionalização relativamente baixo: 60%. O restante é montado na fábrica de São Caetano do Sul (SP).
Motor Ecotec 1.8 16V rende até 144 cv com etanol
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